Mágicos passos,
dados sem rumo,
buscam por espaços,
neste imenso mundo.
Nem sabem para onde vão,
nem o que buscam,
apenas pisam o chão;
tacteando o coração,
de cada um,
por entre a multidão.
Trespassando sons silenciosos,
através de ruidosos silêncios,
de lamentos penados,
cada vez mais pesados.
Ai, que vida a minha...
passada neste mundo,
como uma ilha ,
a ir ao fundo.
Direita ou esquerda;
frente ou trás;
a questão eterna,
que não nos apraz.
Estarei eu isolado,
dentro do meu passo?
Esta rime nd explica,
mas tudo exprime;
poucas palavras aqui se recita;
nada pode impedir-me.
Como vento ondulado,
ou mar agitado,eu
Está na hora…
O sol afasta-se,
Vai sem demora
Com a aurora.
Tudo fica escuro.
Mais calmo,
Havendo um silencio obscuro,
Por entre cada palmo.
Ténues silhuetas,
Deformam planas sombras,
Por entre ruas,
Moribundas e nuas.
A lua vai subindo.
Qual noiva para o altar,
Branca, pura, anuindo
A quem sua luz iluminar.
Suas damas,
Estrelas aladas,
Ajudam peremptoriamente,
A iluminar tal noite incandescente.
A noite cai
E vai caindo
E solta um…Ai!
Qual menino ferido.
Um manto negro,
Sobre os ombros
De alguém,
Não se sabem bem de quem.
Tudo pára.
Tudo dorme,
Á espera,
Que algo se transforme.
Parai!
Uma alma é vista…
So
Musa, para ti escrevo,
Rimas espalhadas no meu ser.
Sou como um servo,
Que te faz enriquecer,
Não de dinheiro
Mas deste amor a crescer.
Morena da minha alma,
Teu ser brilha,
Tua pele escalda,
Como a areia de uma ilha.
Meus sonhos alados,
Voam por entre sentimentos,
Outrora perdidos,
Num coração amargurado,
Quase apagado.
Flor no meio da corrente
De água translúcida.
Cada pétala tua, contundente,
Por sua beleza única.
Teus olhos castanhos…
Intensos, penetrantes!
Para mim não são estranhos,
Antes apaziguantes.
Teus lábios suaves,
Brilham como mel,
Fazem voar como as aves,
Minha alma fiel.
Forte és…
Fraco sou…
Qua
Meu deus...que dia,
Desde o Sol que nascia,
Através de tamanha calmaria,
Procurando nuvens no alto,
Por entre um planalto.
Sei que vês…
Que m sentes a olhar,
De modo cortês,
Que desejo amar.
A cor de fogo,
Que fazes reluzir,
Quando cada raio longo,
Atinge um cabelo por definir.
Sabes tão bem Sol,
Quem perscruto a noite á noite,
Como um farol,
Para um barco sem norte.
Sei que nada mereço,
E que nada te peço,
Mas meu Sol,
Acalenta este bonito ser,
Por quem meu coração fica mole.
Meu Sol…!
Sei que m entendes,
Também tu ficas mole,
Quando vês tua lua nascente.
Por fim termino.
A lua está no alto
Sol, já não brilhas,
Tá-se bem dizes tu
LOL....digo eu!
Que cena meu?!
O ribatejo já era,
donde sou eu?
Que faço aqui?
Muitas vezes sem ti
agora penso...
Onde pertences tu Avieiro?
E tu barco Varino?
Não és nenhum cassilheiro!
Amarras a tua proa,
ás esporas de um campino
e corres veloz por este Ribatejo a fora.
Que dizer...
Do colete encarnado, do campino e do fandango,
da pívia de bacalhau,
da açorda de Sável,
do Alforge,
do Barrete Verde,
das papoílas nas lezirias,
dos touros nos campos,
com seus cornos desembolados,
dos cavalos, nobres e lindos
que fazem soar os cascos junto
as margens do Tejo.
Será assim?
dizem eles.
Mas LOL digo
Como água cristalina,
Que escorre pela montanha,
Cais por cascatas estreitas.
Palpitas de vida,
Inundas de alegria,
Rochas endurecidas,
Por sentimentos passados
Nunca disfarçados.
Cavalheiros de outrora,
Instigados por ti,
Iam sem demora,
Buscando para si,
Numa luta sem fim
Outra alma perdida
Como tocha que ilumina
A nossa vida…
Seres humanos,
Amargurados,
Sentem a luz divinal
Que os acalenta,
Nesta tormenta
De um mundo sem igual.
Sim, como chuva fresca.
Por entre um solo árido,
Sacias a secura
Que existe no peito,
Destas multidões
Investidas em ilusões.
Debaixo do quente,
Tórrido de ódio,
Uma brisa se sente;
Mar agitado
És apenas um lago
De lágrimas caídas
De um coração inundado.
Sabes tu, mar
Por que falta o ar
A todo aquele
Que pensa em amar?
Pela areia rebolando
Sais murmurando
Lendas de outro ano
Passadas noutro plano
Tu que não sentes
Quatro pés descalços.
Mas lestes
Dois corações enamorados.
Sabes tu quem és,
Ó mar?
Sabes tu quem sou,
Ó mar?
Nesta areia cansada
Esmagada pelas tuas emoções,
Sabes tu ler
Os nossos corações?
Se sabes diz-me,
Ó mar.
Nesta praia de Nós dois
Há lugar para amar?
Sabes dizer
Através da salgada espuma,
Se é amor aquilo que inunda
O fundo do meu ser?
Caso saibas
E nada digas
Agit